1 de setembro de 2009

Tipos de softwares (freeware, shareware, open source…)

Para os mais leigos, as licenças de software sempre foram motivo para diversos questionamentos. Freeware, shareware, open source, além de vários outros tipos confundem os mais desavisados com suas peculiaridades e nomenclaturas pouco explicativas.
O conceito “licença de software” surgiu em meados dos anos 80, mas popularizou-se com o advento das revistas que traziam consigo um encarte contendo algum tipo de mídia (geralmente CDs). Nessas mídias geralmente eram distribuídos diversos programas pré-selecionados pelos editores, cedidos pelas empresas que os desenvolveram, sob alguma condição estabelecida (no caso, as licenças).
Basicamente, uma licença de software tem o propósito de formalizar a forma de distribuição de um programa. Poderíamos simplesmente generalizar, categorizando-as com gratuitas ou não, mas o assunto é mais complexo do que parece.
Veja abaixo as principais licenças que encontramos hoje em dia:
Freeware
Programas amparados por essa licença oferecem seus executáveis gratuitamente, sem qualquer limitação ou cobrança posterior. É o popular “software gratuito”, e muitas vezes são utilizados como estratégia de marketing (o desenvolvedor oferece uma versão free e outra paga, a qual apresenta mais recursos que a gratuita). Vale lembrar que somente os executáveis estão disponibilizados, e não seu código-fonte. Como exemplo, imagine que a Coca-Cola irá oferecer gratuitamente seu refrigerante aos consumidores, mas mesmo assim ninguém saberá como ela é feita. Isso porque a empresa não liberaria a fórmula do produto. Nesse exemplo, a fórmula da Coca-Cola seria o código-fonte.
Adware
Trata-se de um tipo de licença mais recente, popularizado com o surgimento da internet. Os softwares liberados sob ela são gratuitos, porém trazem junto consigo algum tipo de publicidade. Dependendo o software, o desenvolvedor também pode oferecer uma versão paga, sem as propagandas embutidas.
Shareware
Nessa licença estão categorizados os softwares que apresentam algum tipo de limitação. A idéia é justamente de mostrar ao usuário como o software trabalha, para que o mesmo adquira a versão completa (mediante pagamento), caso haja interesse. Baseadas nas limitações, podemos encontrar duas sub-categorias principais:
  • Trial – Os programas oferecem todos os seus recursos, mas por um tempo limitado (geralmente de 15 a 30 dias);
  • Demo – Alguns recursos estão completos, sendo necessário pagar para usufruir dos restantes. Os jogos geralmente são divulgados sob essa licença.
Open Source (Software livre)
Sem sombra de dúvidas, trata-se da licença que mais gera comentários atualmente, dividindo a opinião dos desenvolvedores de softwares. Isso porque tanto os programas quanto seus respectivos códigos-fontes são totalmente gratuitos, disponíveis para quem os quiser. Embora sejam encontradas aqui diversas ramificações, basicamente todo o software open source pode ser copiado livremente, sendo possível modificá-lo e até mesmo reutilizar o código já existente para a criação de outros programas. As empresas e/ou comunidades que mantêm os softwares disponibilizados sob essa licença baseiam-se na ajuda mútua para agregar novas funcionalidades, bem como a correção de problemas que são encontrados no decorrer das versões.
Lembra do exemplo da Coca-Cola que mencionei anteriormente? Utilizando-o novamente, pense que a empresa resolveu liberar os refrigerantes, e juntamente a fórmula por trás do produto. Com isso, além de usufruir das Coca-Colas que desejar, ainda poderia fazer um novo refrigerante baseado na famosa marca. Interessante, não?
Ainda existem muitas nomenclaturas (algumas sendo apenas modismos, outras pouco conhecidas) que não citei no artigo, as quais poderiam facilmente ser atribuídas às principais licenças mencionadas. Também expressei minha própria opinião em algumas classificações, como por exemplo, na categorização das licenças Trial e Demo como sendo Sharewares (alguns poderiam discordar desse meu ponto de vista). Mas no geral, acredito que o artigo seja de grande ajuda àqueles que ainda possuíam dúvidas em relação às licenças de softwares.

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