11 de maio de 2009

Redes sociais


Quem não está cadastrado em alguma rede social que atire a primeira pedra! Seja Orkut, MySpace, Facebook, Windows Live Space, Multiply, Twitter e por aí vai, mesmo que só se cadastre e atualize pouco, é raro encontrar alguém que não esteja por lá. Por que será, afinal, que todo mundo acaba se interessando por esse tipo de serviço? Solidão, necessidade de estar conectado com amigos e conhecidos ou de fazer parte de uma tribo, um grupo, mesmo que seja virtual?

As respostas podem ser muitas e variadas, mas o fato é que o fenômeno rede social começou a se delinear, no Brasil, com a adesão em massa ao Orkut, que só no país já tem mais de 40 milhões de cadastrados. Foi lá que muita gente se encontrou e reencontrou, que vidas foram expostas, que fotos foram publicadas, que comunidades se formaram e, como não podia deixar de ser, que problemas apareceram. Pois onde há gente há confusão, certo?


Hoje, não se imagina mais a internet sem as tais redes de relacionamento, mesmo porque a internet já se entranhou de tal forma em nossas vidas que seria a mesma coisa que ficar sem telefone ou qualquer outra forma de manter contato com quem amamos.

Agora, um interessante estudo publicado pela IBM antecipa o que já podia ser previsto por todos nós - as redes sociais tendem a crescer e a alcançar um público cada vez maior, ainda mais porque só agora os indivíduos pertencentes às classes sociais C, D e E estão tendo contato com a rede mundial de computadores e, assim, passam a formar suas próprias tribos.

O estudo, realizado pelo Institute for Business Value (IBV) da IBM, denominado "Transformando o Papel da Indústria de Telecomunicação", destaca que os fornecedores de soluções de telecomunicação devem criar novos serviços que atendam às necessidades dos usuários das redes sociais.

De acordo com a análise, até 2012 o número desses internautas (ou seja, dos que usam redes sociais na internet) ultrapassará 800 milhões e o tráfego na internet alcançará 20 mil petabytes por mês. Em junho do ano passado (2008), este público já representava cerca de dois terços dos usuários de internet no mundo. E todo esse povo troca muita informação, seja no formato de música, vídeo ou texto.

A previsão do IBV é que 90% do consumo de banda larga do tráfego da internet seja direcionado para as redes sociais até o ano de 2012. Entre as ferramentas que devem apresentar maior crescimento neste período estão a TV pela internet, com um aumento de 104%; comunicações por vídeo, que crescerão 44%; games, cuja utilização crescerá 30%, e Voz sobre IP, que deve crescer 24% até 2012.

O estudo aponta ainda que as redes sociais ultrapassaram a fronteiras dos relacionamentos pessoais e já estão sendo utilizadas também para prover a interação entre empresas, clientes e parceiros de negócios. Segundo dados coletados pela pesquisa, 69% dos profissionais já utilizam aplicativos para aumentar a colaboração entre profissionais. Enquanto isso, 55% agilizam o tempo de resposta e outros 36% pretendem diminuir os custos de TI com o uso deste tipo de ferramenta.

E quanto mais crescem as ofertas de redes sociais - a ideia, agora, é que tais serviços fiquem cada vez mais segmentados, buscando atender a todo tipo de perfil humano - os internautas se mostram cada vez mais atentos e exigentes às novidades e facilidades que a web oferece. Os números não mentem: dentre os principais interesses dos internautas, hoje, estão sites como Facebook e MySpace, atendendo seus objetivos de colaboração, principalmente para contatos pessoais.

De acordo com os entrevistados ouvidos pelo IBV, 69% usam essas ferramentas para interagir com amigos e familiares; 65% aproveitam para trocar mensagens com parentes distantes; 47% tentam localizar amigos que perderam contato e 29% buscam informações sobre músicas e bandas. No dia em que a banda larga no Brasil se torne realmente larga (por enquanto ainda estamos engatinhando rumo a uma internet veloz), pode ser que o uso e compartilhamento de arquivos (música, vídeo, TV pela internet, etc) realmente "bombe" por aqui.

É um caminho sem volta: cada vez mais a web será utilizada para compartilhar vídeos, fotos e outros conteúdos multimídia que permitam enriquecer a experiência internáutica dos usuários. Segundo a IBM, tal aumento de interatividade desperta o interesse do internauta em usar ainda mais a web no seu cotidiano e desafia as organizações a desenvolverem serviços diferenciados.

Vale lembrar que a caminhada das redes virtuais de relacionamento ainda está no início, isso se considerarmos sua chegada em massa nos smartphones e netbooks - a maior parte dos modelos topo de linha já trazem aplicativos como Facebook e MySpace pré-carregados, ou seja, prontos para usar. Abre-se, aqui, um novo caminho que só começa a ser trilhado. Preveem os especialistas que a mobilidade pode vir a mudar radicalmente a forma como lidamos com nossas redes sociais, virtuais ou não. Isso porque elas estarão sempre ali, à mão, onde quer que estejamos.

É claro que como tudo na vida, as redes sociais também têm seu lado positivo e o negativo. Em primeiro lugar, há de se ficar de olho em quem faz parte do círculo de amizade, tal qual na vida real. Não é à toa que as ferramentas já oferecem filtros de acesso a determinados tipos de conteúdo. Vigilância constante sobre o que as crianças fazem nas redes sociais também é fundamental, uma vez que elas são uma porta de entrada para que os estranhos possam invadir a privacidade alheia. Nunca é demais bater na tecla de que mesmo no ciberespaço as pessoas continuam sendo "humanas", com seus erros e defeitos.
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