24 de março de 2009

Recado para o aspirante a webdesigner

Pobre do iniciante que deseja aprender o que se chama de webdesign e acaba vítima de cursos oportunistas e conceitos equivocados, como o de confundir design com programação.

É só abrir os jornais e ver que eles continuam lá, os cursos que prometem ensinar alguém a ser webdesigner em questão de dias.



Desde a ultima publicação sobre este assunto aqui mesmo no [web insider] há seis meses (veja ao lado), parece que não mudou muita coisa. O iniciante, sem muita orientação, quer aprender (ou conseguir um emprego) e se vê tentado a freqüentar cursos milagrosos de webdesign que nem de longe dão conta do que uma pessoa realmente deve aprender para se tornar um.

É fácil encontrar empresas ensinando Dreamweaver e HTML em suaves prestações. Mas cabem aqui umas perguntinhas básicas: é possível ser um webdesigner sabendo apenas HTML? É possível, desconhecendo conceito de cores, elaborar um layout, por mais simples que seja? É possível ser um webdesigner sem saber Photoshop?

Muitas pessoas que estão nesses cursos nem sequer entendem estas perguntas mais conceituais, digamos assim, e desconhecem também a existência de softwares como Ilustrator, Flash, ou mesmo a existência de Netscape, Ópera, etc. e os problemas de incompatibilidade que convivemos no dia–a–dia.

Acreditem, existe curso que ensina HTML e faz com que os alunos criem botões no Paint do Windows. Como este aluno estará preparado para enfrentar o mercado? As empresas hoje exigem que um estagiário conheça HTML, SQL, ASP, PHP, Ilustrator, Photoshop, seja simpático e saiba fazer um bom café. Nosso amigo iniciante vai ter dificuldades.

Não se iluda: o mercado não está fervendo e fazer um curso não será garantia de um bom emprego. Pelo contrário – existem ótimos designers desempregados e outros tantos aceitando salários bem menores porque o mercado subitamente encolheu.

Cerca de um mês atrás a TV Globo exibiu uma reportagem em um de seus telejornais, onde uma empresa dizia que a oferta de emprego é muita para poucos profissionais e que cada vez mais pessoas procuram o curso. Hum… só faltou dizer que existe de fato demanda, mas para profissionais de verdade.

É claro que há necessidades mais simples. Entre o diretor de arte de uma grande agência de propaganda e o webdesigner de uma produtora bem modesta há um grande espaço. É claro que existem também ótimos cursos, mas com custo bem elevado, que tentam passar realmente a essência do design, da criação. É neste enorme espaço entre extremos que o nosso amigo iniciante precisa saber trafegar.
O importante para o iniciante, logo de cara, é ter a noção de que saber HTML e Dreamweaver não o tornará um webdesigner. Se este é o seu caso, pense bem antes de escolher algum curso – veja o conteúdo programático, analise se aquilo é realmente o que você quer fazer e nunca – nunca – confunda design com programação.
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